"As ações que ganharam e sofreram com a disparada recente do DI e do dólar - InfoMoney
As ações que ganharam e sofreram com a disparada recente do DI e do dólar Embraer foi destaque de alta no último pregão após dólar bater R$ 2,30; já imobiliárias, Eletropaulo e Eletrobras despencaram com DI se aproximando de 12% Por Rodrigo Tolotti Umpieres |9h50 | 06-11-2013 a a a
SÃO PAULO - A deterioração das contas públicas brasileiras colocando a nota de crédito soberano do País em xeque, a perspectiva de uma Selic cada vez mais alta e os temores dos impactos que o início da retirada gradual dos estímulos nos EUA pelo Fed têm provocado uma reação enérgica nos mercados cambial e de juros futuros. E toda essa distorção tem se refletido na Bovespa.
Na última terça-feira (5), o dólar comercial subiu 1,98% e fechou a R$ 2,2893 na venda, voltando a se aproximar dos R$ 2,30 - patamar não atingido desde 11 de setembro deste ano. Enquanto isso, os contratos de juros futuros também disparam apoiados na expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha o ritmo de altas na Selic por um período maior: desde a última sexta-feira (1), a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2016 saltou de 11,39% para 11,57%, enquanto aqueles com vencimento em janeiro de 2017 foram de 11,62% para 11,87%.
Nesta quarta-feira (6), tanto os contratos futuros de DI quanto o dólar iniciam o dia com leves altas. Disparada do dólar e dos juros futuros impactaram negativamente a bolsa brasileira (Ueslei Marcelino/Reuters) Disparada do dólar e dos juros futuros impactaram negativamente a bolsa brasileira (Ueslei Marcelino/Reuters)
Impactos na bolsa Um cenário de aversão ao risco por si só já teria grande impacto em ativos de maior risco - como o mercado acionário. Contudo, a precificação do cenário apontado acima tem gerado um toque a mais de volatilidade em algumas ações da Bovespa.
Do lado positivo, aparece a Embraer (EMBR3), que liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 4,05%, atingindo R$ 17,20. A companhia possui boa parte da sua receita lastreada em dólares, tendo em vista que muitas de suas vendas vão para o exterior.
Do lado negativo, aparecem entre as principais prejudicadas as companhias com grande endividamento, tanto em dólares quanto em reais. É o caso da Marfrig (MRFG3), que despencou 6,67%, para R$ 4,48, e das elétricas Eletropaulo (ELPL4, R$ 9,35, -5,08%) e Eletrobras (ELET3, R$ 6,40, -5,19%; ELET6, R$ 11,06, -3,57%)."
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